Que tal aproveitar o mês de julho
– época de férias escolares – para relaxar e assistir a alguns filmes
especiais?
A nossa dica é alugar longas-metragens
que mostrem o universo da moda de diferentes maneiras.
Veja abaixo as sugestões:
“Cinderela em Paris” com Audrey Hepburn é um
super clássico e mesmo não sendo uma escolha consciente está merecidamente no topo dessa lista! Na história, a
personagem da Audrey trabalha numa livraria e é “descoberta” pela editora de
uma famosa fashion magazine que faz de tudo para convencer a garota a modelar
para eles. A “excentricidade” da new face nada fashionista é o que capta a
atenção da editora, ao buscar novos ares pra uma importante edição. A partir
daí, Audrey viaja com a equipe da revista para fotografar em Paris e engata um
romance com o fotógrafo vivido por Fred Astaire. É um lindo musical, divertido,
com várias sátiras ao universo da moda e alguns figurinos maravilhosos
assinados por ninguém menos que Hubert de Givenchy.
Quem acompanhava Sex and The City
já sabe que a série carregava uma dose nada homeopáticas de fashionismo, mas
sem dúvida isso é multiplicado por 10 nos dois filmes da série! As personagens
em fase madura (e bem mais cheias de $$) ganharam figurinos incríveis, tudo
pensado pela da top stylist Patricia Field! Além do show de grandes marcas que
estão constantemente presentes, os looks são extravagentes, mas é impossível deixar de gostar deles, pois são de encher os
olhos e ficar desejando o tempo todo ter ocasião-dinheiro-cara-e-coragem pra
sair com um daqueles na rua!
A película que mostra o início da
vida adulta de Gabrielle, até virar de fato a famosa estilista Coco Chanel –
caminho percorrido, primeiros processos de criação, posturas vanguardistas que
influenciaram seu olhar pra moda – é um deleite praqueles que não só amam moda
mas também se interessam pelo vida pessoal de Chanel e como funcionava sua
mente cheia de efervescência. Uma delícia vê-la
transgredir padrões, transformar peças masculinas em looks tão charmosos
(à revelia de toda a feminilidade-machista que se ditava para as mulheres da
época) e entender porque e como seu nome se tornou um mito.
Esse dispensa apresentações, né?
Um filme lindo, comovente, que tem como personagem principal a enigmática,
encantadora e paradoxal Holly Golightly, vivida (mais uma vez) pela musa Audrey
Hepburn. Na película, adaptada do livro homônimo de Truman Capote, Holly é uma
acompanhante de luxo que fugiu de uma vida pobre no interior para tentar
realizar seus sonhos na cidade de Nova York. É lá que ela desfila sempre
impecável, envergando os indefectíveis e famosos vestinhos pretos, colares de
perólas e divaga por vezes seguidas em frente a vitrine da famosa joalheria
Tiffany’s. Em meio a isso, busca a carreira de atriz, ganha a vida através de
presentes dados por amantes nas várias festas que frequenta e mantém o coração
fechado para o amor. Na trilha, a belíssima canção “Moon River”. Filme
imperdível e inesquecível.
Se você foi criança/adolescente
nos anos 90 certamente viu pelo menos algumas vezes esse filme da sessão da
tarde. Embora seja uma comédia meio besteirol, “As Patricinhas de Beverly
Hills” causou grande furor nessa geração que sonhou com o closet recheadíssimo
e totalmente computadorizado da Cher (personagem vivida por
Alicia Silverstone), se viu nos problemas do dia-a-dia, como não achar aquela
blusa que te deixa “com cara de séria”, a roupa que vai fazer seu paquera te
achar deusa, e deu voz a tantas outras besteirinhas e pequenos dramas do
dia-a-dia feminino, que por vezes são tão difíceis de lidar, de um jeito que só
quem é mulher (e talvez um pouco peruinha) entende, mesmo que tenha vergonha de
admitir.
Se você gosta de um filme de
época, esse é um deslumbre! A Rainha Vitória é interpretada pela atriz Emily
Blunt, que está magnífica no papel! O figuro é caprichadíssimo, impecável, com
uma cartela de cores de morrer e estilo bem fiel à época na qual ele foi
ambientado (séc. 19). Além de tudo, o filme é leve e não deixa a desejar no
roteiro.
Se você realmente gosta de moda,
é quase impossível que você nunca tenha visto O Diabo Veste Prada. Incrível na parte visual, nos faz sonhar e
suspirar em diversos momentos, seja com os looks maravilhosos desfilados pelas
personagens ou a visão incrível do super acervo da revista “fictícia” Runway.
No entanto, o filme traz também grandes lições profissionais apresentadas no
enredo pela relação estabelecida entre Miranda Pristley (Meryl Streep) editora
super poderosa da revista – e tipo da personagem que amamos odiar – e sua recém
contratada assistente Andy Sachs (Anne Hathaway). Apesar de todas as partes
repletas de deslumbre, o filme também retrata um pouco da verdade nua e crua sobre a carreira iniciante de quem deseja
trabalhar com moda: zero glamour, pouco dinheiro, muito trabalho, nenhuma vida
social e talvez ainda uma chefe megera pra pegar no seu pé.
Esse filme apresenta uma visão
moderninha da côrte do Rei francês Luís XVI, através da rebelde, jovem e linda
rainha Maria Antonieta. Entendiada com o ambiente hostil no qual foi obrigada a
viver, Maria Antonieta começa a inventar e ditar moda, gastando horrores com
vestidos e sendo imitada por todas as suas seguidoras, com seus
penteados extravagantes e festas regadas a muita ostentação (o que é uma
lástima dada a difícil situação econômica pela qual a França passava). O filme
é embalado por uma trilha bem pop/rock e se afasta totalmente do perfil de
filmes históricos. O figurino vencedor do Oscar é de uma intensa – e bem
harmonizada – imersão nos vestidos em dominantes tons pastel. E os pisantes não
menos poderosos foram assinados por Manolo Blahnik.
O filme O Grande Gatsby,
adaptação do livro homônimo de F. Scott Fitzgerald filmado em 1974 mostra um pouco do glamour dos
anos 20, num figurino primoroso das moças finas da época, que podemos observar
seja nas festas homéricas do milionário Gastby (Robert Redford) ou na pele de
personagens como Daisy Buchanan, interpretada pela lindíssima Mia Farrow.
É uma ótima comédia e conta a
história de uma garota – que certamente se parece com alguma conhecida sua ou
você mesma – que vive passando por maus bocados financeiros pois não resiste
aos seus desejo de consumo. Não importa quantas peças Becky tenha no
guarda-roupa, ela sempre precisa comprar um lencinho da coleção nova, uma
bolsinha clássica ou um sapato chic na liquidação. É claro que no meio disso
tudo tem um bocado de romance e aventura no roteiro, com o plus dos looks
divertidos e um pouco excêntricos envergados por Becky, que também levam
assinatura da figurinista Patricia Field. O filme suscita de maneira divertida
uma reflexão sobre a relação de dependência que muitas vezes estabelecemos com
a moda, de “precisar” consumí-la, “precisar” comprar tudo que é novo e esquecer
tudo que temos no armário para satisfazer pequenos-grandes impulsos.